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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tríduo Pascal



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Por que Jesus morreu na cruz?

O drama de um Deus crucificado por amor ao homem

Jamais o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplício que o Império Romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores... Foi o drama de um Deus crucificado por amor ao homem, criatura moldada à Sua "imagem e semelhança" (cf. Gen. 1,26).


Um mistério insondável de amor e de dor que projeta luz sobre o quanto cada um de nós é importante para Deus. Cristo não mediu esforços para resgatar cada um de nós para Deus... foi até as últimas consequências. São João expressou isso como ninguém: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 15,1).


A dívida dos pecados dos homens, sendo, de certo modo infinita, exigia um sofrimento redentor também infinito para reparar a ofensa contra a majestade infinita de Deus. Então, o sofrimento de Deus feito homem, infinito, triunfou do pecado. O resgate de cada um de nós foi pago. Pelo sofrimento de Jesus, Homem e Deus, a humanidade honrou a Deus incomparavelmente mais do que O ofendera e poderá ainda ofender. O homem, resgatado agora pelo Filho do Homem, pode voltar para os braços de Deus. A justiça foi satisfeita.


Podemos perguntar: mas por que foi necessário que um Deus morresse na Cruz para nos salvar? São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja, nas suas homilias de Natal, lança luzes sobre o mistério da nossa Redenção:


Mas, o fato, caríssimos, de Cristo ter escolhido nascer de uma Virgem não parece ditado por uma razão muito profunda? Isto é, que o diabo ignorasse que a salvação tinha nascido para o gênero humano, e, escapando-lhe que a concepção era devida ao Espírito, acreditasse que não tinha nascido diferente dos outros aquele que ele não via diferente dos outros.


Com efeito, aquele no qual ele constatou uma natureza idêntica à de todos tinha, pensava ele, uma origem semelhante à de todos; ele não compreendeu que estava livre dos laços do pecado aquele que ele não viu isento das fraquezas da mortalidade.  Porque Deus, que, em sua justiça e em sua misericórdia, dispunha de muitos meios para elevar o gênero humano, preferiu escolher  para isso a via que lhe permitisse destruir a obra do diabo, apelando não a uma intervenção de poder, mas a uma razão de equidade.


Porque, não sem fundamento, o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava direitos de tirano sobre todos os homens e, não sem razão, oprimia sob seu domínio aqueles que ele tinha prendido ao serviço de sua vontade, depois que eles, por si mesmos, tinham desobedecido ao mandamento de Deus. Por isso não era de acordo com as regras da justiça que ele cessasse de ter o gênero humano como escravo, como o tinha desde a origem, a não ser que fosse vencido por meio do que ele mesmo tinha reduzido à escravidão.


Para esse fim, Cristo foi concebido de uma Virgem, sem intervenção de homem... Ele [o demônio] não pensou que o nascimento de uma criança gerada para a salvação do gênero humano não lhe estava sujeito como o estava o de todos os recém-nascidos. Com efeito, ele o viu vagindo e chorando, viu-o envolto em panos, submetido à circuncisão e resgatado pela oferenda do sacrifício legal. Mais tarde, reconheceu os progressos normais da infância, e até na idade adulta nenhuma dúvida lhe aflorou sobre o desenvolvimento conforme a natureza.


Durante este tempo ele lhe infligiu ultrajes, multiplicou injúrias, usou de maledicências, calúnias, blasfêmias, insultos, enfim, derramou sobre ele toda a violência do seu furor e o pôs à prova de todos os modos possíveis; sabendo com qual veneno tinha infectado a natureza humana, ele jamais pôde crer que fosse isento da falta inicial aquele que, por tantos indícios, ele reconhecia por um mortal.


Ladrão atrevido e credor avaro, ele se obstinou em levantar-se contra aquele que não lhe devia nada, mas exigindo para todos a execução de um julgamento geral pronunciado contra uma origem manchada pela falta, ultrapassou os termos da sentença sobre a qual se apoiava, porque reclamou o castigo da injustiça contra aquele no qual não encontrou falta. Tornando-se, por isso, caducos os termos malignamente inspirados na convenção mortal, e, por causa de uma petição injusta, que ultrapassava os limites, a dívida toda foi reduzida a nada. O forte é atado com os seus próprios laços, e todo o estratagema do inimigo cai sobre a sua cabeça. Uma vez amarrado o príncipe deste mundo, o objeto de suas capturas lhe foi arrancado. Nossa natureza, lavada de suas antigas manchas, recupera sua dignidade, a morte é destruída pela morte, o nascimento é renovado pelo nascimento, porque, ao mesmo tempo, o resgate suprime nossa escravidão, a regeneração muda nossa origem e a fé justifica o pecador” (Sermão XXII , segundo Sermão do Natal).


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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor:www.cleofas.com.br 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Evangelizacao dia 30 de Janeiro 2011


Com a graca de DEUS, o auxilio de MARIA e com a uncao do Espirito Santo fizemos a nossa primeira evangelizacao de 2011. Com muito esforco, amor e uniao obtivemos grandes resultados para a juventude de matrincha.  em breve fotos do grande encontro...


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A experiência com Jesus

Cristo tem algo muito melhor do que o que você veio buscar


Jesus disse: "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve" (Mt 11,28-30). 


Quantos de nós experimentamos o cansaço em meio ao mundo de hoje! O Senhor nos propôs uma cura nessa passagem, mas na dimensão da fé. O Senhor, vivo e ressuscitado, está no meio de nós. D'Ele ouvimos o convite: Vinde a mim! Você pode estar se perguntando: "Devo ir aonde?" Ir à Canção Nova ou a outro lugar? Não, você tem que buscar uma experiência com Jesus!

Cristo nos fez essa promessa e é mais fácil uma montanha ser lançada ao mar do que Ele voltar atrás [nas promessas feitas]. Hoje em dia, muitos se apresentam como a solução para os nossos problemas. Por isso precisamos tomar cuidado para não sermos enganados por pessoas que estão pensando somente nos próprios interesses. O Senhor nos oferece ajuda gratuitamente; Ele disse aos discípulos: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me" (Mt 16-24). Isso é submeter-se ao jugo do Senhor. Ele nos promete aliviar nossa alma.

Jesus Ressuscitado tem algo muito melhor do que o que você está buscando! Porém, para isso, você tem de deixar o "homem velho" que está em você. A coisa mais fácil para Ele é atendê-lo imediatamente. Para Deus é muito mais fácil dizer: "Levanta, toma o teu leito e anda (Jo 5, 8). Mas podemos ver isso sob uma dimensão diferente, como em João  4,14, quando Cristo nos diz: “Mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede”. É isso que o Senhor quer fazer conosco, nos dar a água viva do Espírito Santo. Jesus nos oferece duas águas: a solução para nossos problemas e a salvação. Temos, então, que escolher, como na multiplicação dos pães.
A multidão seguia Jesus, pois tinha visto que Ele podia curar, multiplicar os pães, mas quando Ele lhes disse que quem quisesse a salvação teria de comer a Sua Carne e beber Seu Sangue muitos deixaram de segui-Lo por causa dessas palavras, porque não foram atendidos na hora e por não as compreenderem.

Jesus quer nos dar muitas coisas, mas o mais importante é a vida eterna. O restante é acréscimo, por isso, muitas vezes, não recebemos o que pedimos, porque para nós o mais importante é o Reio dos Céus. Santo Agostinho dizia: "De que adianta viver bem se eu não viver eternamente".

A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável. Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem . Pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas (cf. IICor 4-17-18).

Há uns 800 anos, São Francisco disse: "Meus filhos, grandes coisas prometemos a Deus, mas muito maiores são as que Ele nos prometeu. Pequena é a pena, o sofrimento do tempo presente, mas a glória que nos espera é infinita".

Quando não acreditamos na vida eterna, qualquer sofrimento parece ser insuportável. Mas quando acreditamos nela verdadeiramente, o que são os sofrimentos da vida diante dos bens eternos?! Faço um apelo a sua fé: as coisas visíveis são momentâneas, mas o que Deus quer nos oferecer é eterno. Vale a pena dar a vida por aquilo que é eterno!
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Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".